SOBRE PROBLEMAS DAS AMÍGDALAS (TONSILAS PALATINAS) E ADENÓIDES
O que vou encontrar neste texto?
- -Quais enfermidades ou doenças que afetam as tonsilas palatinas (ou amígdalas palatinas) e adenóides?
- -Quando devo consultar o médico?
- -Sinais e sintomas comuns das tonsilites (ou amigdalites) ou do aumento das adenóides e tonsilas?
- -e mais....
As tonsilas (amígdalas palatinas) e adenóides são parte da primeira linha de defesa do organismo fazendo parte do sistema imune. Elas “apresentam” as bactérias, vírus, e alimentos que penetram pelo nariz ou boca, mas algumas vezes estes “germe” acabam infeccionando estes tecidos. Neste momento se tornam mais um problema do que uma solução, podendo até obstruir a via aérea, e se tornar um motivo de infecções repetitivas. Seu otorrinolaringologista (ORL) pode neste caso sugerir o melhor tipo de tratamento!
Mas o que são as tonsilas (amígdalas) palatinas e adenóides?
As tonsilas e adenóides são similares aos linfonofos ou gânglios encontrados no pescoço, região inguinal ou axilas. As tonsilas palatinas são dois agregados ovalados na parte de trás da garganta, e as adenóides estão na parte de trás do nariz acima do céu da boca (palato mole) e não são visíveis pela boca ou nariz sem instrumentos especiais.
Quais os problemas que podem ocorrer nas amígdalas e adenóides?
Os dois problemas mais comuns que podem ocorrer nas amígdalas e adenóides são:
infecções recorrentes do nariz e da garganta;
quando aumentadas de volume podem causar obstrução nasal e problemas na respiração, dificuldade para engolir e distúrbios obstrutivos do sono (roncos e apnéia).
Além disto abscessos por volta das tonsilas, tonsilites crônicas, e infecções nas criptas (buracos ou cavitações) amigdalianas, que causam “caseum” (bolinhas brancas malcheirosas) que podem levar a dor crônica. Canceres das tonsilas, mesmo que incomum, requer diagnóstico, precoce e tratamento agressivo.
Quando devo procurar um especialista Otorrinolaringologista?
Quando você ou sua criança vêm tendo infecções recorrentes de garganta ou nariz ou quando as amígdalas ou adenóides estão aumentadas.
O Otorrino vai investigar sobre problemas de orelha, nariz e garganta e examinar a cabeça e pescoço. Usando uma luz intensa e instrumentos telescópicos rígidos ou flexíveis para complementar o diagnóstico!
Outros métodos complementares são:
- Rx’s
- Culturas para bactérias e testes rápidos para investigar infecções de garganta
- Exames de sangue, para investigação de mononucleose ou outras viroses
- Exames do sono como polisonografia
TONSILITES (AMIGDALITES)
Tonsilite é uma infecção na tonsila. Existem várias tonsilas, a maior delas é a tonsila palatina, que fica na parte de trás da garganta. Antigamente chamada de amígdala palatina, por isto o nome amigdalite ficar na maioria das vezes relacionado a infecção viral ou bacteriana da tonsila palatina!
Um dos sinais de tonsilite é o aumento da tonsila outros são:
- Secreção esbranquiçada ou pus na garganta;
- Mudança na voz, com voz abafada devido ao aumento tonsilar;
- Dor de garganta algumas vezes acompanhada de dor de ouvido;
- Desconforto ou dor para engolir;
- Aumento de linfonodos (gânglios) no pescoço;
- Febre;
- Mau hálito;
AUMENTO DAS TONSILAS E ADENÓIDES E SEUS SINTOMAS
Se voce ou sua criança possuírem adenóides e tonsilas (amígdalas) aumentadas, deve ser difícil de respirar pelo nariz, pode ocorrer interrupção da respiração durante o sono com possível apnéia (parada de respirar). Outros sinais são:
Respiração bucal;
Voz anasalada fechada (como se estivesse com nariz trancado por um resriado);
Nariz sempre escorrendo;
Respiração ruidosa durante a noite ou dia;
Infecções recorrentes da orelha (ouvido);
Roncos noturnos;
Sono não repousante, com sonolência diurna
COMO OS PROBLEMAS DAS TONSILAS E ADENÓIDES SÃO TRATADOS?
As infecções bacterianas das tonsilas, especialmente as causadas pelo estreptococos, são as primariamente tratadas com antibióticos. A remoção das tonsilas (tonsilectomia ou amigdalectomia) e/ou adenóides (adenoidectomia) pode ser recomendada se as infecções são recorrentes mesmo com o tratamento adequado com os antibióticos e/ou haja dificuldade de respirar pelo aumento das tonsilas e/ou da adenóides. Tal obstrução causa o ronco e distúrbios do sono que leva a sonolência diurna e pode até casuar distúrbios de comportamento na criança e piora da performance escolar em algumas crianças.
As infecções crônicas das adenóides podem afetar outras áreas tais como a trompa de Eustáquio (tuba auditiva) que fica entre a parte de trás do nariz e a parte interna do ouvido médio. Podendo levar desta forma a infecções recorrentes de orelha (otites) ou acumular líquidos na orelha média levando a perda auditiva temporária. Estudos demonstraram que a remoção das adenóides pode ajudar a algumas crianças com dores de ouvido freqüentes e crônicas causadas por fluídos dentro da orelha média (otite média com efusão).
Em adultos, a possibilidade de câncer ou tumor pode ser outra causa de necessidade de remoção das adenóides e das tonsilas. Em alguns pacientes, especialmente naqueles com mononucleose infecciosa, aumento severo das tonsilas e adenóides podem obstruir a via aérea. Para estes pacientes um tratamento com esteróides (p.ex.: prednisolona) e até mesmo cirurgia pode ser necessário.
(texto acima baseado nas Informações ao paciente da Academia Americana de Otorrinolaringologia)
Adenoamigdalectomia
As amígdalas são dois agregados linfóides localizados nos dois lados e atrás da garganta. As adenóides são constituídas pelo mesmo tecido das amígdalas localizada na parte de trás do nariz e acima do céu da boca. As amígdalas e adenóides são muitas vezes removidas quando se tornam grandes e bloqueiam a via aérea superior, causando dificuldade respiratória. Pode também ser necessária a remoção quando ocorrem várias infecções de garganta (6 durante um ano ou 5 durante seis meses).
O procedimento de remoção das amígdalas é chamado amigdalectomia e das adenóides adenoidectomia e geralmente feitas em conjunto: Adenoamigdalectomia!
A adenoamigdalectomia é um procedimento cirúrgico ambulatorial que dura em torno de 30 a 45 minutos e é feito sob anestesia geral. Normalmente os pacientes permanecem no hospital ou clínica em torno de 4 horas após a cirurgia para observação. Pode ser necessário passar a noite após a cirurgia se houver sangramento excessivo ou pouca ingestão de líquidos pelo paciente após a cirurgia.